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Minhocário: Você sabe o que é?

É possível que alguns leitores, ao passarem os olhos pelas letras que formam o nome do anelídeo, já sintam os pelos do corpo arrepiarem. Deixando as predileções subjetivas de lado, fato certo é que as minhocas possuem utilidades inúmeras. Alguns exemplos bem claros são: a decomposição de material orgânico em produtos mais facilmente assimilados pela vegetação e microfauna; a aeração do solo feita com a locomoção do animal por vias subterrâneas, formando pequenos túneis que permitem a passagem de ar; a fertilização do solo a partir de suas fezes, o húmus. Uma lista pequena de possibilidades que abrangem até mesmo áreas farmacêuticas e a culinária. 

O minhocário aproveita o trabalho sustentável desses anelídeos, fazendo uso das minhocas em um pequeno “prédio”, geralmente, em três caixas empilhadas no intuito de degradar material orgânico e produzir adubo em forma líquida e sólida. Funciona assim: 

- No terceiro andar (e onde há uma tampa) estão cerca de 200 minhocas “especialistas” em restos, que podem ser pedaços de frutas, cascas de legumes, entre outros. Após depositar o material orgânico, cobre-se com serragem ou palha e a tampa é fechada;

- O segundo andar é o local da degradação. A caixa que estava no topo vai para o segundo andar quando está cheia de alimento e a que estava no segundo andar vai para o topo. Isso porque ambas as caixas são idênticas, mas enquanto uma recebe os alimentos a outra tem minhocas em serviço. Após o processo de degradação, obtém-se um adubo pronto para uso em jardins e vasos;

- O primeiro andar possui um “teto” que permite a passagem do líquido formado pelo processo de decomposição. Pode ser coletado por uma torneira embutida na caixa e borrifado em plantas, servindo de adubo e pesticida. 

Viram só? Esses animais podem gerar asco em uma grande parcela da população, contudo a grande verdade é que sem a presença deles no solo a agricultura estaria fadada ao fracasso. Diz a História que a rainha Cleópatra e seus contemporâneos veneravam as minhocas como sagradas, pelos benefícios férteis gerados às margens do Rio Nilo.

 

*Por Juliana Carani e Raphael Borges, Biólogos, graduados na Universidade Federal de Brasília
 

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