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O mês de junho é conhecido pelas festas de São João em diferentes regiões do Brasil. Para garantir a diversão durante as festas juninas é preciso tomar muito cuidado com as brincadeiras típicas e ficar atento ao uso dos fogos, bombinhas e aos riscos das fogueiras.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), durante as festas juninas, os atendimentos a pessoas que sofreram queimaduras nas emergências dos hospitais chegam a dobrar – sendo que mais de 80% das vítimas são crianças. Os motivos desse alarmante índice são a imprudência no uso de materiais inflamáveis e explosivos como os fogos de artifício e balões, além das brincadeiras perto das chamas das fogueiras.
A Dra. Anelisa Baungartner Lamberti, dermatologista membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e American Academy of Dermatology, afirma que, caso ocorra algum acidente com queimaduras, é essencial tratá-las desde o início. “Independente do grau da queimadura, os primeiros cuidados são essenciais para o processo de cicatrização do ferimento. Após sofrer uma queimadura leve, a recomendação é resfriar o local com água corrente e fria. Além de evitar que a queimadura continue evoluindo, a água fria alivia a dor e o desconforto”, explica.
A dermatologista alerta ainda que existem muitos erros praticados pela população como primeiras medidas para tratar este tipo de ferimento. “Passar manteiga, pasta de dente, óleo de cozinha e gelo nunca é recomendável em caso de queimaduras, pois estes elementos podem agravar a dor ou até mesmo causar complicações como infecção e inflamação do local”, esclarece.
Durante o processo de cicatrização, é importante evitar o contato da roupa com a região afetada, tomar banho morno com sabonete suave e passar um hidratante neutro, sem perfume e álcool. No caso das queimaduras pequenas, é indicado o uso de pomadas antibióticas, como Nebacetin®, do laboratório Takeda, para evitar possíveis infecções na pele em recuperação. Caso as queimaduras sejam mais graves, de segundo ou terceiro grau, é sempre indispensável procurar atendimento médico.
*Por Dra. Anelisa Baungartner Lambert
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