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Sensualidade não tem idade: Redescobrindo sua sensualidade

Acho que as reflexões que temos feito sobre o que torna a mulher sensual estão nos levando a algumas conclusões importantes. Uma delas é a de que despertar o desejo sexual por meio do estímulo visual é uma coisa bastante diferente de ser capaz de responder plenamente às intimidades eróticas. Esta segunda capacidade está relacionada ao crescimento interior, com a certeza de que a mulher tem autocontrole suficiente para se entregar aos prazeres sensuais sem se sentir ameaçada. É o prazer sexual pelo prazer em si, como parte integrante – ou não – de um envolvimento amoroso mais global.

Esta capacidade de se entregar às trocas de carícias sem restrições e preconceitos é muito bem recebida pelos parceiros e isto, é claro, faz um enorme bem à autoestima das mulheres. Essa autoestima alimenta-se das respostas que obtemos das pessoas que nos cercam, desde que respeitemos algumas emoções que levam as pessoas a dar respostas negativas a gestos que elas admiram. Estou me referindo principalmente à inveja de algumas mulheres e à insegurança de alguns homens.

Acontece que a autoestima relativa à sensualidade das mulheres não está apenas na dependência das respostas que elas obtêm de seus parceiros nas relações íntimas. Infelizmente, somos muito influenciados por outro ingrediente – fortemente estimulado em nossa cultura atual –, a capacidade de despertar o desejo visual dos homens em geral. E aí a aparência física, a perfeição das formas, tem papel importante.

A mulher poderá fazer, portanto, sua auto avaliação como figura sexual por dois caminhos distintos: por sua performance durante as relações ou por sua capacidade de atrair olhares de desejo. Se der crédito ao modo como o tema é encarado pela publicidade e à reação inicial dos homens, tenderá a dar maior importância ao segundo aspecto. A capacidade de despertar desejo visual é imediata, e também mais superficial, relacionada antes de tudo à questão da vaidade. Este caminho privilegia a mocidade e o corpo perfeito.

Aquelas que não se sentem em condições de entrar nesta competição se apagam, talvez porque não gostem de se sentir poderosas ou pelo medo do ridículo. Entre elas estão muitas adolescentes que se acham imperfeitas, além de mulheres adultas, principalmente as que se aproximam dos 50 anos de idade.

É verdade que, no que diz respeito à capacidade de despertar o desejo visual, elas perdem para as mais moças. Perdem um pouco por causa das marcas da idade e muito porque a percepção de que despertam menos olhares de desejo as faz inibidas, fechadas, com ar de senhora e roupas correspondentes.

O curioso é que é justamente com a maturidade que as mulheres atingem a plenitude sexual.

Aquelas que forem capazes de construir sua autoestima mais em função do que acontece nas relações íntimas tenderão a se conhecer como criaturas que estão vivendo o seu apogeu sexual e não a decadência – como acontecerá se a avaliação se der em função da aparência. Isto irá provocar um brilho e um vigor novos que transparecerão no modo de ser e de se portar. E mais: será captado pelos homens, o que trará de volta os olhares de desejo tão gratificantes à vaidade feminina. Está criada a mulher madura e sensual. E esta sensualidade não tem data para terminar.

*Por Dr. Flávio Gikovate

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