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A escolha é sua: Com problemas ou sem problemas?

Você tem um problema. Quer dizer, você tem vários, muitos problemas. São problemas sérios.  Para cada um deles você tem uma estória, com incríveis narrativas que reportam ao trauma do último relacionamento, à infância, à vida passada…  As estórias se agrupam para ser sua “história de vida”. Você é isso!

Há aqui dois aspectos importantes para meditação e por isso o artigo desta semana é um pouco longo. Vem comigo!
Um dos aspectos é a criação de estórias (interferência da mente); o segundo, sua identificação com as estórias criadas.
Sri Bhagavan sugere que observemos com claridade este ponto: o FATO e as HISTÓRIAS que contamos em torno dos fatos.
Você pode ficar com o fato, apenas com o fato, sem criar uma estória sobre ele? Medite. Experiemente por 7 dias com total atenção e você terá percepções fortemente libertadoras. É a prática que sugiro para esta semana.
As estórias que contamos em torno dos fatos obviamente criam novelas, conflitos, dramas, sofrimento. Medite como sugere Bhagavan. Veja por você mesmo.
Por sua vez, Osho (cujo trabalho orienta-se por uma dinâmica entre terapia e meditação e em cuja comunidade neo-sannyas sempre se reuniram meditadores e a nata da “nova terapia”) falou certa vez sobre a não existência de nossos problemas.
Veja o que Osho nos conta, numa das falas da série “The Tantra Experience”:
“A abordagem do Ocidente é pensar sobre o problema, encontrar as causas do problema, ir à história do problema… descondicionar a mente, ou recondicionar a mente, recondicionar o corpo, tirar todas as impressões que foram deixadas no cérebro… A psicoanálise vai à memória… vai à  infância, a seu passado, move-se para trás… Talvez 50 anos… 50 anos de história! E isso não ajuda muito, poque são milhões de problemas… Se você começar a dissolver os problemas da vida você precisará de mihões de vidas. Isso é absurdo!
A mesma abordagem psicanalítica existe com relação ao corpo: Rolfing, bioenergética e outros métodos tentam eliminar as impressões no corpo, na musculatura. Da mesma maneira, você tem que ir á história do corpo… Uma coisa é idêntica em ambas as abordagens: o problema vem do passado, então de alguma forma deve ser encontrado no passado.
O Oriente tem um olhar totalmente diferente. Primeiro, dirá que nenhum problema é sério. No momento em que você diz que nenhum problema é sério, o problema está cerca de 99% morto. Toda sua visão muda.  A segunda coisa é que o Oriente diz que o problema existe porque você está identificado com ele. Não tem nada a ver com o passado, nada a ver com a história. Você está identificado com ele, esta é a realidade. E esta é a chave para solucionar os problemas…
Se você for a um místico do Oriente ele dirá: ´Você pensa que você  é a raiva, você se sente identificado com a raiva. Da próxima vez que a raiva surgir, seja apenas um observador, seja apenas uma testemunha. Não se identifique com a raiva, não diga ‘Eu sou raiva’. Apenas veja acontecendo como se fosse numa tela de tevê. Olhe para você como se estivesse olhando para outra pessoa.´
Você é pura consciência… A coisa toda está em como não se identificar com o problema.  Uma vez você tenha aprendido…não haverá mais tantos problemas, porque a chave, a mesma chave abrirá todos os cadeados… Eles (os problemas) existem. Mas eles existem no corpo e no cérebro; eles não existem na sua Consciência, porque a Consciência não pode ser condicionada. A Consciência permanence livre. Liberdade é sua mais intrínseca qualidade, liberdade é sua natureza…

Toda a metodologia oriental se reume a uma palavra: TESTEMUNHA.
Toda a metodologia ocidental pode ser reduzida a uma única coisa: ANÁLISE.
Analisando você dá voltas e voltas.
Testemunhando, você sai do círculo… A circunferência é o ciclone. Você tem que encontrar o centro do ciclone. E isso acontece através do testemunhar. Testemunhar não vai mudar seu condicionamento. Não vai mudar sua musculatura. Mas testemunhar lhe dará a experiência  de que você está além da musculatura, de todo condicionamento…
É assim que um Buda funciona. Você usa a memória. Buda também usa a memória, mas ele não está identificado com ela. Ele usa a memória como um mecanismo…
Os problemas estarão lá, em suas impressões no corpo e no cérebro, mas como uma semente: existem potencialmente. Se você estiver se sentindo só e quiser um problema, você pode ter. .. Eles permanecerão disponíveis, mas não é necessário tê-los… Será sua escolha.”

Namaste !


Fonte: Swami Devam Bhaskar

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Comentários

  1. #1
    elza norie fujiwara minehira
    03/10/2011 14:27

    me deixou preocupadae fiquei com pessimismo

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