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O perdão é a chave que liberta: O não-perdão é a não-aceitação do que ocorreu

Muitas pessoas têm dificuldade em perdoar, guardando mágoa, ressentimento, raiva, por semanas, meses, anos e alguns pela vida toda.
Não conseguem esquecer e, muitas vezes, inconscientemente, não querem esquecer porque é uma forma de manterem-se ligados àquela pessoa. Pode ter sido, por exemplo, um relacionamento amoroso que acabou com traição, mas a pessoa traída não aceita nem a traição nem o término; e o não-perdão é uma forma de manter-se conectado com o outro.

Conectado e escravizado. Sim, o não-perdão tira a liberdade à medida que nos mantém vinculados emocionalmente à outra pessoa e a uma situação. Perdoar é sempre um ato de liberdade para, principalmente, quem está perdoando. Perdoar é respeitar e acolher a si próprio. É um ato de amor por si.
Há casos também de pessoas que não perdoam por acreditar que, ao perdoar, vão precisar voltar a se relacionar com o outro. Mas perdoar não significa conviver novamente. Perdoar não significa ter de falar com o outro que o perdão foi concedido, a não ser que assim se deseje.

O perdão está muito além de conviver e de falar. É um ato interno em primeiro lugar. É uma aceitação do que aconteceu, seja o que for. Aceitar para, então, soltar do seu âmago, deixar ir. O não-perdão é a não-aceitação do que ocorreu, porém não temos como mudar o que já aconteceu.
A vida continua e seguimos em frente. Está em nossas mãos escolher como seguir: livres ou acorrentados? Toda corrente pesa e ao invés de andar com passos largos e até graciosos, nos arrastamos presos a essa corrente invisível.
Algumas pessoas dizem não saber como perdoar. Querem, mas contudo não conseguem. Nesses casos, o melhor é silenciar, aquietar mente e corpo e olhar para dentro: sentir as emoções que estão ligadas ao que aconteceu, aceitar o fato com toda a dor que isso possa trazer, acolher a si mesmo com amor e, então, imerso nesse silêncio, respirando bem suavemente, ir soltando, em cada expiração, os sentimentos que estão aprisionando o seu coração.

* Por Sandra Rosenfeld: escritora, terapeuta em qualidade de vida como instrutora de meditação, coach pessoal e palestrante. Autora dos livros “Durma Bem e Acorde para a Vida” e O que é Meditação, ed. Nova/ Record.

 

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