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Identidade profissional x capacidade de liderança : Dificuldade em definir identidade profissional pode ser fator de estresse, desgaste e impactar na capacidade de liderança

A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou...

Muitos "Josés" que andam pelas empresas, são novos executivos - muitas vezes na idade - mas na maioria das vezes no cargo. E então José? A eles também cabem decisões, formação de equipe, imagem da empresa, resultados etc.
Saem às vezes vencedor, às vezes vencidos. Alguns são solitários nas suas funções, o que os torna inseguros e propensos a errar.
A esses é que a pergunta de Carlos Drumond de Andrade deve ser feita: "E agora, José".
Lembro ainda muito bem da primeira vez que fui promovido para uma posição de liderança. Sabe aquele misto de euforia pela sensação de que algo novo me esperava e, ao mesmo tempo, aquela incerteza por não saber muito bem por onde começar? Estou certo de que errei muito, mas hoje percebo que aprendi com esses erros. E se você ainda não viveu essa condição paradoxal, prepare-se: isso pode acontecer com você em um futuro não muito distante.
Essa situação é muito comum entre médicos que me procuram. Eles dizem não estar preparados para uma posição de chefia que, por opção ou acaso, passaram a desempenhar. Embora muitos exerçam função de liderança técnica, conduzindo uma equipe de cirurgia, um corpo clínico ou mesmo uma equipe de plantão, a realidade é muito diferente quando se está no topo da hierarquia de uma operadora de saúde ou hospital.
Para estas pessoas que venho trabalhando há mais de 20 anos com desenvolvimento de liderança e, tenho acompanhado a carreira de centenas de executivos, acabei por aprender muito. Por esta razão, gostaria de compartilhar alguns pontos já comentados por autores tais como: Gardner, Covey e Hunte, e salientar três princípios básicos:


·                     Princípio da congruência: qualquer liderança eficaz começa sempre pela congruência no pensar, falar e agir;

·                     Princípio da comunicação: o líder eficaz sabe escutar e cultiva a cultura de feedbacks com seus funcionários, isto é, valoriza o sentimento dos outros no ambiente em que está inserido;

·                     Princípio da dedicação: a liderança de resultados é abnegada, isto é, estuda as reais necessidades de seus liderados e da organização e sabe como conciliá-las.

Empresas são constituídas por pessoas, e não é possível obter resultados sustentáveis sem elas. Mas então fica a pergunta para estes gestores: E agora, José?
Para se ajustar a função de liderança é necessário um esclarecimento de seus pontos fortes e o desenvolvimento dos seus pontos fracos, para que seja mais fácil se adaptar aos contratempos que invariavelmente vão surgir. Ajuda externa de seus amigos ou colegas de trabalho é bem-vinda, se entender necessário, pois é com uma boa comunicação que se começa uma gestão.

 

*Por Marcelo Maulepes: Mestre em Administração e Gestão de RH pela Universidade de Extremadura (Espanha), Mestre em Coach Executivo e membro do International Coach Federation (EUA).

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