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Autoconhecimento X Carreira: Como saber se estou no lugar certo?

Por Eduardo Ferraz*

Um dos maiores presidentes de empresa de todos os tempos, Jack Welch, ex-presidente da General Eletric, afirma que “as coisas só acontecem quando se colocam as pessoas certas nos lugares certos. Nenhum sistema de gestão substitui o talento”. Mas, afinal de contas, como saber se estou no lugar certo? Para esclarecer a questão, vamos entender melhor alguns conceitos sobre a personalidade e sua previsibilidade.

Personalidade é a resultante da interação da hereditariedade com o meio, manifestada através dos comportamentos. Erich Fromm, grande psicanalista alemão, dizia há mais de 60 anos (o que a Neurociência comprova hoje) ser possível fazer previsões a respeito dos comportamentos de um indivíduo em situações futuras, pois, apesar da personalidade adquirir alguma maleabilidade com o passar dos anos, a estrutura (a base) continua sendo a mesma durante toda a vida.    

Tudo o que uma pessoa conseguiu até agora, e o que espera conseguir,  tem relação direta com sua personalidade. Não seria exagero afirmar que ela é seu patrimônio mais importante. Mas, sabendo disso, como saber se sou a pessoa mais indicada um para determinado cargo?

Um fator essencial para o sucesso em qualquer carreira é o autoconhecimento. Analise seu histórico. Todo mundo, sem exceção, deixa um rastro durante a vida, e este passado aponta uma clara tendência futura. A personalidade, ao contrário do que muitos pensam, é relativamente previsível. “Lagartixa não vira jacaré”. Fazendo uma boa autoanálise, você descobrirá que habitats se encaixam melhor  com seu jeito de ser.  

A maior prioridade na vida de quem quer evoluir profissionalmente deveria ser descobrir quais são seus diferenciais e aperfeiçoá-los. A maioria das pessoas ignora os próprios talentos e, por isso, sai atirando para todos os lados: faz qualquer curso que aparece pela frente, muda de emprego várias vezes e não se especializa em nada.
 
Mesmo traços aparentemente negativos podem ser considerados talentos se puderem ser usados produtivamente. Ser exigente, introvertido, insistente, desconfiado, sistemático, mandão ou impaciente pode ser um tremendo ponto forte se for trabalhado e  aplicado na função certa.    Se o tímido trabalha a maior parte do tempo em tarefas que exijam muita concentração e pouco relacionamento pessoal, isso é um diferencial, e não um defeito!  

O problema é que muitas pessoas, por acharem que esses comportamentos são pontos fracos, tentam mudá-los, gastando tempo e energia que deveriam ser usados para aperfeiçoá-los. Conscientizar-se das próprias competências é o melhor caminho para posicionar-se no lugar certo.
 
*Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultoria In Company, com aplicações práticas de Neurociência. Possui mais de 30.000 horas de experiência em empresas que precisam de diagnósticos rápidos e resultados imediatos no desenvolvimento econômico e social. É pós-graduado em Direção de Empresas pelo ISAD PUC-PR e especializado em Coordenação e Dinâmica de Grupos pela SBDG. Autor do livro “Por que a gente é do jeito que a gente é?”, da Editora Gente.

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