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Não sou perfeita: Livre-se da síndrome de supermulher

Por Lígia Guerra*

Que ser mulher não é fácil, isso todas nós já sabemos... Aliás, acredito que a maioria de nós já não aguenta mais esses artigos que ficam dando dicas e mais dicas sobre como equacionar a rotina do trabalho, da casa, da família e ainda estar maravilhosa no final do dia sobre um belíssimo salto 10! Por falar em 10, essa bem que poderia ser a nossa avaliação por parte daqueles a quem dedicamos as melhores horas do dia... O Chefe, a equipe de trabalho, o marido e os filhos.

Como podemos manter a nossa sanidade enquanto o nosso check-list de obrigações só cresce? Um bom começo seria quebrar pelo menos algumas dessas ilusões que tomamos feito bandeiras a serem defendidas como verdades absolutas, como a de que conseguimos conciliar facilmente todos esses papéis com muito charme e elegância. Excetuando-se as milionárias de plantão, e olhe lá... Estar glamourosa na frente do fogão, durante uma troca de fraldas ou quando aplicamos hidratação nos cabelos enquanto lavamos as roupas da semana e a casa é organizada, é uma tarefa no mínimo impossível!

Entender isso é o primeiro grande passo para nos libertarmos das algemas do perfeccionismo vendido em revistas femininas e comerciais de TV. Aceitar as nossas limitações nos faz diminuir as expectativas imensas que criamos em sermos superpoderosas!

Quando olhamos para nós mesmas com mais generosidade e menos cobranças, subliminarmente acabamos ensinando isso aqueles que nos rodeiam: "Conte comigo, mas entenda que sou humana!" Só assim poderemos pedir para alguém da família lavar a louça e irmos caminhar no parque. Apenas dessa forma sentiremos menos receios na hora de dizer: "Isso eu não posso fazer" ou "estou sem tempo para mais esse compromisso". Somente assim teremos meia hora do dia para meditar, repensar as nossas escolhas ou simplesmente para olharmos vitrines.

Ser mulher dá trabalho, mas a maior de todas as tarefas começa dentro de nós mesmas, no exato momento em que compreendemos que dizer não para os outros e sim para nós é normal! No dia em que além de sabermos que uma determinada hora do dia é só nossa e, ao invés de sentirmos culpa sentirmos prazer, saberemos que estamos nos libertando da escravidão que impomos a nós mesmas.

(*) Lígia Guerra é escritora e psicóloga, especialista em psicologia analítica e do trabalho. Sua atuação profissional visa promover o autoconhecimento e o aprimoramento do ser humano. A autora do livro "O segredo dos invejáveis", publicado pela Editora Gente. Ministra palestra em organizações de todo o país.
 

Crédito - foto chamada: Stock.XCHNG

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